“!!!! MANIFESTO !!!! – Aos alemães de Curitiba. Para aqueles que nutrem em seus corações o desejo de ver o desenvolvimento da juventude alemã, para os admiradores do Imperador Wilhelm, e a todos os alemães, aqui vai o nosso pedido de colaboração para a construção da escola – Imperador Wilhelm. Nós contamos com o patriotismo dos alemães convencidos da necessidade de uma sede própria para a ‘Escola Alemã’ [...] que ao mesmo tempo será um monumento em homenagem ao Imperador. Curitiba, 6 de abril de 1887”.
Este manifesto de apelo ao sentimento patriótico, motivou a comunidade que, deixando de lado muitas divergências, passou a trabalhar em prol de um objetivo comum. O desejo de resguardar a nacionalidade alemã, a língua e os seus costumes era muito intenso entre os membros da comunidade alemã radicada em Curitiba. “Os alemães que vieram de um país, com uma cultura superior e mais avançada, para o Brasil, onde tudo está apenas no início, se não preservarem seus costumes dentro do espírito alemão, como sua língua, imprensa, escola e a Igreja, os que vierem depois, se depararão com uma realidade tão adulterada e primitiva que se igualarão ao nível do nosso ‘caboclo’”.
A Escola Alemã, por sua vez, manteve como filosofia a prevenção dos valores da cultura alemã; o ensino continuava sendo ministrado em língua alemã e os conteúdos eram impregnados do “espírito alemão”. Segundo o Relatório da Escola enviado ao Governo do Paraná em 1895, a Escola Alemã tinha por objetivo, “mediante a língua materna, prestar a educação no gênio da antiga pátria, sem perder de vista que os meninos nascidos nesta terra hão de ser cidadãos brasileiros”. Muito embora a comunidade tivesse consciência de que suas crianças seriam cidadãs brasileiras, o mais importante era garantir uma educação escolar segundo seus moldes e necessidades.
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